domingo, maio 03, 2020


Hoje, como todos os dias, é mais um dia de combate à superficialidade da sociedade, que é a maior pandemia que existe na Humanidade. Que o dia da Mãe sirva para nos tornar mais Humanos e menos escravos das coisas e do falso poder. Nos Estados Unidos, Anna Jarvis que lutou pela criação deste dia no seu formato próximo ao atual, afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado (nos EUA) devido à crescente comercialização à volta do dia. Por isso aqui partilho o que é importante, descrito de forma sempre brilhante por Natália Correia:
"A maternidade não me aborrece e devo afirmar até que, dada a influência determinante de minha mãe, em mim, sou uma pessoa marcada pelo signo materno. Tenho um apreço muito especial pela maternidade. Só que à mulher não compete apenas uma maternidade de tipo fisiológico. Cabe-lhe ultrapassar esse aspecto na medida em que pode conquistar uma sabedoria de tipo maternal para intervir no mundo, e orientá-lo. Um mundo onde só o homem tem a palavra, palavra essa que é origem de tantos desmandos, guerras, conflitos e soluções precárias de carácter económico e social.
Estruturalmente, a mulher é avessa, alérgica à ideia de guerra e de conflito. A sua própria experiência maternal a predispõe contra a guerra. Dá vida mas não gosta de contribuir para a sua destruição. É por uma actuação pacífica."
Natália Correia

Sem comentários: